quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Treinando o tal do Portuga...

Tanta hora para parar

Tanta hora para pensar

Tanta hora para enroscar

Tanta hora para brochar

Tanta hora pra peidar

Tanta hora pra trepar

Tanta hora pra se foder

Tanta hora pra nada fazer


Saiu sem olhar para traz, só estava assistindo o que lhe passava a frente porque era obrigado, senão podia tropeçar. Só queria sair dali o mais rápido possível, sumir, desaparecer. Como se não estivesse escutando nada além do que fingia ser surdo, continuou ali como a um objeto de adorno. Seu orgulho ferido pulsava imenso como a uma lava ardente superando todos os níveis de temperatura, algo não medido, apenas emocionalmente na mente dos que vivem. Viver não é estar vivo, não é respirar, não é sobreviver, não tem sinônimos, só enganações tentando explicar algo, que tanta gente nunca sentiu na vida. Se tentasse esclarecer diria que viver é todo aquele tempo que você desperdiçou da sua vida, preocupado com coisa qualquer.

Quem deixa existir e também quem não deixa, na maior parte do tempo parece à mesma pessoa, de vez em quando você a vê, mas não a conhece. Assemelha-se a imagem que tem de si mesmo no reflexo silencioso da vida, frente a frente com tua própria imagem não fazes perguntas, só a vaidade e higiene imperam. Coitada da alma, sempre escondida por esse motivo esquecida, mas a ultima a ser tratada.

Além disso, nada ou quase tudo valem à pena, concordar por fora, não aceitar por dentro não é sinal de falsidade. Algo inteligente para momentos certos, tão importante na biografia escutar mais, lembre-se de esquecer o que ouviu, falar pouco. Tenha certeza que muito vale sua saliva para gastar, não se criam mais o hábito de pensar. O que lhe dão tudo mastigado, interpretado, fica na mente como a única alternativa da essência. Por isso tantas pessoas com sonhos parecidos, pobres, sem imaginação. O querer e o desejo então são insuperáveis, a todo tempo pessoas estão tristes por questões esdrúxulas, como proibidas fossem ser alegres. Ser bem humorado causa inveja, cuidado com opiniões alheias estão carregadas, podres, estupefatas de causas ignorantes, da simples preguiça somada a falta de hábito de analisar. Imaginem, pensem, questionem-se a si mesmos, nem tudo pronto enlatado, já discutido é de bom grado para a vida. Tudo fica automático, não exercita o ser, opiniões já formadas, crenças já vividas, livros já filmados, não fazem raciocinar, levar a fantasia para mente, tudo na mesmice sem graça. Isso mesmo, muita pessoa, todas diferentes, cada vez com uma divisa menor de caminhos, tornando-se chatas, repetitivas, previsíveis.

Perdendo o medo do novo, saiu do piloto automático, agradeceu aos comentários, mesmo sem ter prestado mais atenção, deixou tudo passar, sem importar-se com mais nada. Partiu para uma nova parte de autoconhecimento, conhecer o indivíduo que habita o próprio corpo, sobrando-lhe tempo correria em busca dos demais.



Inexplicável, o barulho da água caindo, deitado na grama apenas relaxando, curtindo tudo de bom, algo que já veio com o mundo. O homem não o fez, não teve o trabalho, porém cada vez mais difícil de encontrar nesse monte de obras humanas, que não agradam tanto quanto a nossa natureza. O que esperar de pessoas que trocam o seu dia por papel colorido no final do mês. Por gente que constrói cidades, mas não tem onde morar. Nunca entendi nada, nunca sai daqui, nunca vou entender, porque daqui não sairei o que você não entendeu.

Aprendeu tem que colocar para fora, não adianta. Guardar transborda, perde tudo, se não usa estraga esquece tudo. Então vou esvaziando do meu jeito, sem me importar com trejeitos, sujeitos tudo acham conceitos. E quer saber estou situado, com o pé direito. Sabendo agir só posso é garantir, futuro, passado talvez até lhe de presente, algo assim por ai vai, e fondo, fondo, i fondo saberei se estou errado.