domingo, 9 de dezembro de 2012

Despedidas

Capítulo 1 (Apesar de parecer essa história não começa do final)

Estamos no presente, mas seria um tanto difícil  lembrar do futuro.

Não conheci até hoje ninguém que tenha conseguido manter todas as relações até uma idade avançada da vida. 

Comigo não foi diferente... 

Deitado hoje nesse quarto branco recebendo visitas uma de cada vez sempre com o mesmo papo religioso e motivacional.  

Parado aqui pensando sem parar sendo impossível escolher as lembranças vejo que nenhuma ex-ficante ou namorada veio me visitar. Talvez por causa das minhas tristes despedidas ou simplesmente pelo fato de ser normal perder contato.

Lembro da baixinha brava - mas juro que nunca mandei ninguém embora todas foram por vontade própria - dizia ela enlouquecida que não iria me deixar, que eu podia fazer o que fosse que não conseguiria, eu dizia tá bom eu não quero isso, quero você junto de mim acalme-se, naquela época os celulares eram raros mesmo assim os jovens sempre andavam com algo eletrônico no caso dela um diskman. 
Ela o jogou no chão e acertou o próprio pé, foi engraçado acabei dando um leve sorriso bastou isso para a garota virar as costas e ir embora. Sinto saudades dos meus Cd's nunca mais devolvidos.

A única dessa lista que talvez possa ter esquecido e que veio me visitar sempre foi uma grande amiga. Não tem nada incomum com as outras foi apenas uma vez em uma baita bebedeira mútua no afogar das mágoas  que ambos sem combinar não comentamos nunca mais.

Lembro também da que não parecia nada comigo e todo dia falava isso mesmo não brigando.

 Sem nenhuma discussão, ficamos ali quase três meses, apesar que cada conversa parecia um negócio de louco a pior coisa era achar algo que os dois pelo menos soubessem do que estavam falando. 

Uma vez contei um sonho e no outro dia ela me questionou como se fosse realidade, era algo sobre seres de outro planeta, quando tentei explicar novamente que havia contado um sonho que tive na noite anterior, veio o golpe, ela me disse que não daria certo melhor parar por ali antes de começar algo sério. 

Eu concordei, no entanto ela não concordou que eu concordasse ficou um pouco alterada pela primeira vez questionou um bocado de coisas que sinceramente acho que não era comigo e acabou dizendo a única coisa que lembro exatamente do jeito que foi - "A única coisa igual que tem a gente é que vamo morre".

Confesso que isso abalou meu próximos relacionamentos que foram limitados em poucos dias, portanto despedidas feitas naturalmente apenas um tchau e até mais. Quando na verdade era um adeus.

No primeiro ano você lembra os nomes, o rosto, a pinta na perna, a cor do cabelo, a profissão, o sonho e o curso na faculdade. Contudo o tempo é cruel depois de um ano só lembrava o nome e o rosto.
Hoje em dia depois de tanto tempo lembro um ou outro só não esqueço das despedidas.

Contaria mais só que o telefone tocou era a médica louca que armou tudo isso. Agora sigo o fluxo para não me despedaçar na corrente. Explico a seguir.

Capítulo 2...


Parabéns dessa vez sua folga será no sábado um dia depois do fim do mundo.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Uuuu eu acho toda essa auto ajuda um saco

Minha opinião é que leitura é bom e de qualquer forma. 

Qualquer coisa até meus textos esdrúxulos  cheio de erros de sintaxe e ortografia.

O importante é ler. Mas confesso que acho auto ajuda uma bosta. Tanta coisa pra se ler por ai, quando me deparo com um texto prescritivo raramente passo do segundo parágrafo.

Sinceramente aquilo não é novidade nenhuma além do mais esse negócio de politicamente correto é um nojo danado pra literatura. Deixa isso pras grandes mídias, quando leio quero na minha imaginação coisas fortes de dupla, tripla interpretação, algum tipo de opinião não um merda falando faça aquilo ou faça isso. 

Até gosto de conselhos, lições, formas de ver a vida por isso existem as fábulas e outros meios de mostrar o que todos sabem de uma forma diferente.

Quando se lê a Revolução dos Bichos se identifica muita coisa nessa fábula e tra -lá -lá- lá - lá não quero ser eu prescritivo no entanto esse livro vale mais que mil tons de qualquer porcaria, cabanas em qualquer lugar e coelhos vendedores...

Eles que são Judeus que se entendam

Está rolando na mídia uma carta do humorista, que até já disse que faz humor, Rafinha Bastos escrachando o apresentador Hulk. Que parece ter ficado verde de raiva. Se não está sabendo procure no google não vou copia-lá aqui.

Na declaração ele comenta a fama de bonzinho do global ser falsa e ainda por se aproveitar da necessidade dos outros para conseguir audiência, porém a base da carta é o fato do marido da Angélica não ter ido de táxi, dirigindo seu veículo alcoolizado. Parece que a briga de nariz vai acabar na justiça. Como Wanessa e o bebê, Luciano também vai querer ju$tiça. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ele já é odiado


INTRODUÇÃO DO LIVRO O Homem que não comia ninguém (Ainda não publicado, ainda não acabado)
Pois é  juntei outro fragmento do livro que aos poucos vai tendo algum conteúdo relevante, faltava um começo, só alguém com ideias tão bagunçadas como eu que escreve um livro a partir do meio. Mas só assim consegui dar vida a um personagem que antes estava muito vazio, outras partes do livro aqui no blog e algumas espalhadas entre minhas amadas cobaias serão juntadas, depois só faltara a pele. Estou usando essa história como válvula de escape para meus estudos de gramatica que acho um tanto entediantes e intermináveis a cada texto acabado tenho força de estudar mais um pouco, daí seguirei por outras madrugadas meu objetivo ainda não está aqui, porém gostei de ele ter tomado tanto corpo.  






DIFÍCIL ARTE DE SER FIEL




Diga-se de passagem uma grande enrascada.
Nada a ver com igreja ou ao Corinthians.
Estou falando de relacionamento mesmo, no teor mais machista que você poderia encontrar.
Alias se te incomoda o machismo que ainda insiste em perdurar no mundo não leia adiante.
Pois daqui para frente segue a opinião de um homem retrô, nada de saudosismo ou mente fechada só não gosto de modismos e falsidades. Misturo nessas palavras como se fosse depoimento de vários membros da espécie em extinção.
Quando rola um boteco de qualquer dia da semana, velhos amigos reunidos sem mulheres a última coisa que rola depois de algumas cervejas é falar de mulher. Exceto as que não são nossas.
Pelo que posso sentir por essa experiência de bar com diversos grupos de amigos diferentes ninguém fala que fez sacanagem com a mulher ou namorada, qualquer sentimento que surgir com alguma ficante, que seja, já parte do pressuposto respeito de não comentar detalhes, é uma espécie de tabu masculino.
Estou sendo o mister M da raça.
Continuando, quero chegar ao fato de que 110% dos homens traem ou pelo menos contam vantagem por ai, o que passou de 10% é vantagem, mas tem casos raros como eu, que ou são incapazes, talvez por pura falta de oportunidade, alguns casos tem medo, não sabem mentir e as vezes até falam muito sem pensar, o que os torna inábeis.
Quem sabe existe alguém que por puro sentimento não o faça, não acredito, no entanto capaz que exista. (Eu sou fiel por motivos nada especiais, então não tratarei isso como uma qualidade e sim como um defeito).

Engraçado que isso não é uma virtude, pelo contrário é prejudicial ao homem. Por carregar isso comigo há muito tempo posso relatar meu fardo.
Trair sem ser descoberto pode fazer bem. Afinal, vejo todos felizes e firmes a minha volta aguentando tudo firmemente enquanto eu já estou de saco cheio.
Analisei o que falam por ai, isso são argumentos dos seus maridos, namorados, amantes, ficantes, encostos e etc…
Primeiro arroz com feijão enjoa. Apesar que dessa frase não conto só o sexo, acho que se fosse só isso daria pra levar com variedades e apetrechos diferentes.
O namorado ou marido não sente vontade de dar presentes, uma lembrancinha que seja que não for de uma data especial é uma forma de pedir desculpas. Ou seja, fez merda deu um presente, a mulher não sabe da merda fica feliz e acha que tem o melhor namorado do mundo. O presente serviu pra você aliviar a consciência, todos ficam felizes e o relacionamento dura. Isso é quase perfeito, acho incrível.
Toda vez na cervejada não tem histórias novas. É um saco ficar bêbado e contar coisas que aconteceram antes do relacionamento, todo mundo gosta de viver coisas novas, lembre-se que ninguém conta intimidades que faz com a parceira. Depois de uma boa saída com os amigos o homem burucutu vai deixar a mulher ter o seu espaço, sair com as amigas isso melhora o relacionamento os dois satisfeitos e com saudade um do outro. Nada como contar vantagens, lembrando que mentir para os amigos não rola. Tem que ser vivido e quando contado pode aumentar um pouco.
A cada TPM da vontade de largar tudo e ir embora. Se na sua cabeça de primata está que você deixou de comer a gostosinha do serviço que te deu mole, mesmo sem sua mulher saber disso, algo lá dentro te fala que a culpa é daquela pessoa que está brigando com você sem qualquer motivo. Naquela caixa craniana que só pensa em sexo, passa uma mensagem de que este macho ofendeu a espécie por causa da fêmea isso merece um prêmio, esta pessoa é um santo, como no caso dos mendigos que devolveram o dinheiro para o restaurante.
Se tivesse pegado a gostosinha não estaria tão irritado com a TPM e os chiliques, sentiria se culpado acabaria até comprando um chocolate e perdoaria tudo. Ambos sobreviveriam a outro ataque de stress.
Logo todos viram que relacionamento não se aprende em filmes, sermões e por ai vai. Na prática o que vemos é de outro jeito. Nem sempre o caminho que parece torto pode ser pior.
Afinal queremos é ser felizes em nossas escolhas além desse lado neandertal existe as mulheres, ah as mulheres…
Parei por aqui com medo de me encrencar.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Organização


“Uma organização é o produto da combinação de esforços individuais, visando à realização de propósitos coletivos. Por meio de uma organização, é possível perseguir ou alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa.”

 

Descendo novamente pelas ruas do bairro com seu possante vermelho cumprimentando praticamente todos que passavam ao seu lado, nos passeios pouco movimentados do lugar em que nasceu. 

 

Faltava apenas uma esquina para chegar a sua casa, quando a carroceria do carro vibrou com um choque lateral, nada se via. Parou, encontrou um sujeito estendido no asfalto, olhava com ódio para o motorista, mas não disse nada. Levantou-se, uma enorme mancha escura formou-se no boné esverdeado. O homem pediu desculpas ao sujeito e ainda perguntou se queria alguma assistência, poderia levá-lo ao Pronto-Socorro. O skatista não era dali, apenas pediu uma carona, morava em outro lugar, desconhecido até então. Conforme ia guiando além de pedir instruções sobre o caminho perguntara maiores detalhes do acontecido, até tentando lhe tirar a culpa. Pois ele nada vira. O rapaz jovem, porém com um bigode imponente que dava voltas na ponta, não era de muitos detalhes resumia a conversa entre esquerdas e direitas muitas vezes dizia apenas siga o fluxo.

 

Deveria ter chegado ali de outra forma, pois havia muitas descidas e subidas, além de um percurso longo para se fazer em cima de um shape.  A vítima pediu que encostasse próximo a um beco, pois ali carro não passava.  Agradeceu a carona colocou a mão na cabeça pressionando o boné adentrando na passagem. Sumiu dentro de instantes. Lá estava, sozinho de novo dentro de seu carro, vermelho em um dia um pouco cinza na cidade. Toda aquela adrenalina não permitiu uma maior atenção no caminho, estava bem perdido, não vendo ninguém por perto para perguntar. Sempre morou no mesmo lugar, trabalho próximo, não tinha muita idéia de onde estava por ser final de expediente apesar de horário de verão, daqui a pouco iria anoitecer.

 

  Contornou na rua da frente e começou a fazer a volta. Acostumado a não rodar muito nunca enchia o tanque, as mãos começaram a suar, na terceira travessa a direita encontrou pessoas que não conheciam sua rua. Ficou irritado com pessoas que não conheciam outros lugares, apenas esqueceu-se de si. Continuou andando de segunda marcha, buscando alguém ou algum posto onde pudesse abastecer e também se informar.  Os outros motoristas não paravam se quer nos faróis vermelhos, no entanto as calçadas agora com mais pedestres não mostravam segurança. Parece que com a chegada da lua todos se transformaram. Cada ser preocupado com a própria sobrevivência.

 

A gasolina acabou, o carro parou, o desesperou seguiu. Ligou para o seguro pediu um guincho, demorou meia hora para falar com a atendente. Contudo não sabia o nome da rua, pediu para esperar, a moça deixou no mudo, desceu do automóvel ligou o pisca - alerta, começou a caminhar, a primeira placa não era da rua, uma propaganda de sofá não havia muita iluminação pública no local, a claridade vinha das casas. Continuou subindo a rua, achou a esquina não encontrou nada, a ligação caiu. Não tinha mais sinal, desceu para encontrar novamente sinal, sacou o paletó, suava por todos os lados, tinha sede e fome. O carro não estava lá. Quem se preocuparia em trancar um carro sem gasolina. Mais ou menos isso queria dizer com o palavrão que soltou.

 

Encontrou uma senhora sentada em frente a uma casa branca, as duas estavam bem descascadas de frente para ele. Conversou com ela como se fosse o oráculo e ficou sabendo a rua em que estava então ligou novamente para o seguro, a velha entrou com a chegada de uma criança e uma mulher mais jovem. Começou a andar de um lado para outro, outra ligação tocava de 2º plano, era sua esposa, atendeu, no entanto ela não parava de falar, dizia alguma coisa sobre bolsas, ele iria explicar tudo quando ela diz que vai chegar tarde, precisando desligar de imediato o telefone, voltou pra primeira ligação alguém tinha atendido, escutou o primeiro alou, depois ocupado.

 

Não sabia quem avisar do roubo a polícia ou seguro, nem onde estava. Já imaginava morando ali, como sem caminho de volta. Poderia arranjar um emprego então comprar um carro e quem sabe atropela-se alguém de outro lugar, um ex-amigo de bairro. Assim poderia voltar para casa.

 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ainda hoje, assisto.


Saudades da infância. Éramos crianças inocentes acreditávamos em magia, coitada de uma bondosa senhora que apelidamos de bruxa.

Temíamos as histórias de terror mais banais, quando assistíamos sentados em caixotes de madeira a televisão na casa de um amigo com algum tipo de condição social melhor. Sempre travava de medo quando estendíamos a noite conversando de assuntos assustadores como o homem do saco.

Todos vivíamos de aluguel que as vezes até atrasava, luxo era lamber um pirulito ou comer um lanche de presunto. Inventávamos nossos próprios brinquedos e as vezes até trabalhávamos só para comprar um balão. Não entendo as crianças de hoje em dia, que exigem brinquedos caros e cada hora mais independentes, tudo para substituir a imaginação e a necessidade de ter amigos.

O sexo visual e a violência ficaram mais acessíveis, muita coisa mudou. Não sou um reacionário porém detesto ver esse pivete exigindo-me coisas das quais nunca tive acesso, mesmo assim ainda conseguem reclamar. Ah conta tudo pra sua mãe!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Bem agora!

Por que eu me matei?

Me sacrifico malhando e sou gordo,

de trabalhar continuo pobre,

estudando não deixei de ser burro.

Resultado sempre haverá um.

A morte.