Capítulo 1 (Apesar de parecer essa história não começa do final)
Estamos no presente, mas seria um tanto difícil lembrar do futuro.
Comigo não foi diferente...
Deitado hoje nesse quarto branco recebendo visitas uma de cada vez sempre com o mesmo papo religioso e motivacional.
Parado aqui pensando sem parar sendo impossível escolher as lembranças vejo que nenhuma ex-ficante ou namorada veio me visitar. Talvez por causa das minhas tristes despedidas ou simplesmente pelo fato de ser normal perder contato.
Lembro da baixinha brava - mas juro que nunca mandei ninguém embora todas foram por vontade própria - dizia ela enlouquecida que não iria me deixar, que eu podia fazer o que fosse que não conseguiria, eu dizia tá bom eu não quero isso, quero você junto de mim acalme-se, naquela época os celulares eram raros mesmo assim os jovens sempre andavam com algo eletrônico no caso dela um diskman.
Ela o jogou no chão e acertou o próprio pé, foi engraçado acabei dando um leve sorriso bastou isso para a garota virar as costas e ir embora. Sinto saudades dos meus Cd's nunca mais devolvidos.
A única dessa lista que talvez possa ter esquecido e que veio me visitar sempre foi uma grande amiga. Não tem nada incomum com as outras foi apenas uma vez em uma baita bebedeira mútua no afogar das mágoas que ambos sem combinar não comentamos nunca mais.
Lembro também da que não parecia nada comigo e todo dia falava isso mesmo não brigando.
Sem nenhuma discussão, ficamos ali quase três meses, apesar que cada conversa parecia um negócio de louco a pior coisa era achar algo que os dois pelo menos soubessem do que estavam falando.
Uma vez contei um sonho e no outro dia ela me questionou como se fosse realidade, era algo sobre seres de outro planeta, quando tentei explicar novamente que havia contado um sonho que tive na noite anterior, veio o golpe, ela me disse que não daria certo melhor parar por ali antes de começar algo sério.
Eu concordei, no entanto ela não concordou que eu concordasse ficou um pouco alterada pela primeira vez questionou um bocado de coisas que sinceramente acho que não era comigo e acabou dizendo a única coisa que lembro exatamente do jeito que foi - "A única coisa igual que tem a gente é que vamo morre".
Confesso que isso abalou meu próximos relacionamentos que foram limitados em poucos dias, portanto despedidas feitas naturalmente apenas um tchau e até mais. Quando na verdade era um adeus.
No primeiro ano você lembra os nomes, o rosto, a pinta na perna, a cor do cabelo, a profissão, o sonho e o curso na faculdade. Contudo o tempo é cruel depois de um ano só lembrava o nome e o rosto.
Hoje em dia depois de tanto tempo lembro um ou outro só não esqueço das despedidas.
Contaria mais só que o telefone tocou era a médica louca que armou tudo isso. Agora sigo o fluxo para não me despedaçar na corrente. Explico a seguir.
Capítulo 2...
Parabéns dessa vez sua folga será no sábado um dia depois do fim do mundo.