terça-feira, 12 de julho de 2011

"De pensar morreu um burro"

É proibido pensar, quem pensa de mais é chato. Quem questiona muito então, um verdadeiro descontente. Nem pense em reclamar, você já ganhou a vida de graça. Agora vá lá, trabalhe o resto dela. Deixe de ser vagabundo. Pode ter certeza quem curti a vida trabalhou um dia. Portanto trate de trabalhar os demais, continue o capitalismo. Todo esse imediatismo, consumismo, achismo, chatismo estou enjoadíssimo. E por aí vai.

Nada de perder tempo, tudo para agora, continuando nesse mesmo ritmo, acaba-se o sexo. O sujeito vai - lá entrega o sêmen para mulher, aguarda em casa a entrega do bebê, da esposa tem mais, ligando agora ainda leva a sogra de brinde. Tempos atuais.

O prazer de se fazer acabou quando só passou a ser interessante o resultado. Essa conseqüência comum entre os atos mortais. Quero uma pizza, pois peça, quero um computador pra já, uma secretária contratei, até ai você lembra que já jantou. Complicado. Estou consumindo por consumir, faço parte de algo, o homo sapiens pensa. Pensar não passa pela cabeça.

Realmente faz parte de um grupo enorme, tão grande que nem classificação pode-se aplicar. Mesmo assim senti-se bem. Essa alegria passageira tem um preço. Chama-se tempo, vida. Em algum momento dela pode ocorrer de pensar, aí meu semelhante, é chorar o tempo perdido, lamentando o que ainda vai perder.

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