quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mais ou menos assim (crônica)

Não foi buscar a mais nova na academia, deixou 25 ligações perdidas na tela do celular com a palavra "amor", andou pela contra-mão pela primeira vez desde que comprara o primeiro carro zero, não colocou créditos no pré-pago da do meio.

Saiu por ai, respeitando o limite de velocidade, com uma suadeira danada na testa. Não parava de olhar ao lado, estava ali, no banco do passageiro, quando o trânsito parava fazia questão de tocar, falava alto "isso não é uma miragem". Fechou os vidros, diminuiu a respiração, faltavam três quadras.

A rua estava vazia, mesmo assim paranoico escondeu dentro das calças, abriu o portão, parou o carro esperou ansioso por alguém.

Chegou a mulher, xingando...

Depois as três filhas desesperadas, o genro, não o deixavam falar.

Pensavam que estava louco, faziam um tempo que notavam atitudes esquisitas no velho, soltaram tudo ali naquela sala, ele coitado nem conseguiu se defender.



Falando nisso lembrei de outra história interessante e uma coisa até bonita de se ver mais que não entendo...

Não tem nada, não exite nada, mas a preocupação, devoção e respeito é algo impressionante e acima de tudo isso, não existe reciprocidade, pelo menos é o que vejo aqui de fora, e essa devoção incontida me incomoda de alguma forma, e como pode? Eu que não tenho nada a ver com a situação me importar tanto, que falta de controle é essa? Isso também me faz sentir um tanto estranho... Quantas vezes eu em meus textos, surge alguém para quebrar minhas ideias e penso em outras inquietudes que não saem da minha cabeça... então escrevo para abrir espaço...




E continuando a história mudando a narrativa, e estragando a crônica, dentro da calça do velho havia um bilhete premiado e desde os meus 16 anos não sei o que fazer com esse final, deixar o velho mandar todo mundo a merda e ir embora sem falar nada, contar pra todo mundo e deixar todos felizes e talvez envergonhados por pensar mal dele, ou então simplesmente matar o protagonista de um mal súbito encerrando de forma trágica o conto.



Ainda não consegui achar muita utilidade para a certeza.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Nada mais que um devaneio...

Honrar as promessas e as palavras é algo tão importante quanto tomar banho todos os dias. 

Apesar de envolver outras pessoas perder a credibilidade consigo é mais crítico que desacreditar do próximo.

Carregar a consciência por ai não é fácil, por isso sempre achei primordial essa loucura de querer cumprir promessas, hoje em dia aficionado com isso, fico preocupado com as juras alheias que quando se propagam já se imagina que não irão acontecer, perdi as vezes de pessoas que não se dão, ou não tem intimidade que em uma conversa que passa dos três minutos, se iludem de combinar coisas futuras que ambos sabem que não acontecerão, só de ouvir a conversa imagino tudo aquilo, flutuando pelo ar, fico pensando aonde irão parar todas essas ideias que nunca acontecerão, como é possível viver de tantos planos, promessas e coisas que ainda não existem...

As vezes um futuro promissor, esconde um presente difícil ou passado frustrado e vão existindo cada vez mais planos para suprir essa falta e vamos esquecendo de viver o presente.

Nada mais que um devaneio...

E eu o que tenho a ver com todas essas promessas?

Apenas um chato a criticar.