quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tudo tão artificial

Fui correr,

porque gosto, e porque me faz bem

No meu percurso pelo parque, parecia que estava em um filme, daqueles que passam na TV, no pior horário.

Todos a minha volta pareciam estar contracenando, as pessoas corriam e caminhavam de cara feia, sorriso? só amarelo e bem artificial, os cachorros de propagandas estavam cansados e com a língua de fora, os garis limpavam o chão olhando para baixo, batendo a poeira em cima dos transeuntes, que nem ligavam, engoliam a poeira.

Resolvi abaixar a calça e mostrar a bunda, fazer algo diferente, todos continuavam na cena do filme, quem de verdade queria estar ali, exceto eu? Porque essa falsidade toda.
Tá na moda fazer exercício, faz bem?

Faz bem se fazer o que gosta, não o que o pessoal da TV gosta. Chega de todos quererem ser iguais, isso só nos torna mais infelizes, modelos só servem para não serem seguidos, se todo cristão fosse jesus, se toda adolescente fosse a Gisele, se todo moleque fosse o Ronaldo, meu deus me dai forças para eu ser eu mesmo, e que ninguem queira ser igual por favor, um só e eu já estou ficando enjoado. E continuo indo correr sempre, na chuva ou no sol de madruga ou de dia, não porque quero ser um grande corredor, mas sim porque eu amo correr, adoro ver a lagoa prateada ao me lado o vento batendo na cara e o enorme prazer de se superar a cada dia, e a maior sensação que ainda não achei uma palavra para descrever.




Deslocado

Essa é a palavra certa,
esperei tanto
mas tanto
que demorou para eu desistir...

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